terça-feira, 5 de maio de 2015

O mar enós ( tu e eu )

Poderia chamar história dele e dela, 
Não desta vez,será O mar e nós ( tu e eu)
Todas ou quase, as historias começam era uma vez , esta também…
Era uma vez, Ele um homem maduro, com olhar de menino, com uns olhos onde a inteligência e o saber estavam bem lactentes, em cada gesto…cada olhar, mas esse homem com olhar de menino grande, também era solitário e triste, carente de afetos.
Dono de uma vontade firme,
Seus olhos de um castanho amendoado , tudo pareciam querer ver e, gravar dentro dele..bebia com avidez cada palavra dela..
Vinha de uma infância marcante…. luta do dia a dia não se fez rogada…sem abundacia de menos e fome demais.
Tinha na alma as cicatrizes que só os grandes conseguem disfarçar, dando-lhe um ar de coisa linda. Um sorriso cativante sensual que nos prende nos marca…
Trabalhou…venceu, talvez não depende do que chamar vencer…sim a vida esta cheia de vencer e desaires que não vemos, porque não queremos ver esquecemos o coração para ouvir a razão que nem sempre é boa conselheira quando se trata de felicidade.
Ela, uma mulher que todos imaginavam feliz, sorria para tudo e todos vivia dando amor dando-se aos outros familiares e amigos esquecida que também ela era pessoa. Também ela ainda iria querer viver mas não se dava conta disso.
Pensavam que era feliz alguns diziam (Quem me dera ser como tu, nada te afeta, nada te perturba…) ela sorria num sorriso enigmático que ninguém percebia,… pensava: que tontos são, ainda bem deixa-os pensar, era fogo de palha pois logo tudo passava e voltava ao normal.
Sempre ela tentava ver o lado positivo das coisas tentavam vencer as lutas diárias da vida lutava e vencia , sempre com a esperança, sempre vendo o lado bom das coisas.
Lá ia semeando amor a sua volta, entre filhos, colegas, família, nas coisas mais pequeninas, ou nas grandes coisas.
Vivia a margem dela, esquecida também tinha direito a ser feliz como mulher.
Não tinha pressa de crescer, a vida fez dela mulher quase sem querer sê-lo, foi esposa e mãe.
A mulher onde ficou...ninguém sabe, nem ela.
Presa na cadeia do amor á vida, filhos e casa. Foi esquecendo que a solidão não é boa companhia para ninguém, solidão mata.
Ela e ele, viveram tão perto, andaram pelos mesmos locais mas não deram um pelo outro possivelmente cruzaram-se nos mesmos locais, mas não se viram, poderiam ter tomado café no mesmo balcão….
O tempo, senhor que tudo sabe, tudo faz, a vida tem sempre surpresas guardadas..nós na nossa pressa de viver impedimos a vida de realizar o que é melhor seria para nós.
Os seres humanos são complicados.
Um dia sem saber bem como ou porquê…. combinaram tomar café…
Esse encontro foi mágico.
Houve um click como se sempre se tivessem conhecido, ela serena chegou junto dele. Deu-lhe um beijo …cumprimentou como se fossem velhos amigos, em verdade já o eram, a novas tecnologias tem esse encanto, o de fazer as pessoas conhecerem primeiro o ser que o físico…embora as vezes nem tudo seja como imaginamos.
Foram tomar um café na beira de uma estrada, foi o café mais saboroso da vida dela, tal o impacto.
Ele colocou-lhe o braço sobre os ombros numa atitude protetora, carinhosa, ela desabituada de tal gestos de ternura, sentiu-se segura protegida. Aquela sensação de segurança, toda a envolvência do momento fez-lhe bem….
Foram ver o mar. O mar tem sempre a magia de acalmar, aquela imensidão de azul e céu deixa-a sempre encantada.
Andar sobre a areia, apanhar pedrinhas…andar mão na mão qual adolescentes enamorados…riram das coisas mais simples, são essas coisas simples que a vida nos dá que nos faz feliz…eles estavam felizes…
Ele num casamento (mas ele dizia estar separado,) que parece só existe no papel, era tão carente quanto ela.
Nasceu um relacionamento, um dia ele contou a verdade, ai o mundo dela caiu… era mau demais para ser verdade, mas, tarde demais…
Ela que nem se lembrava que existia como mulher… já tinha acordado os sonhos adormecidos, ela que sorria por tudo e nada, ficou triste… enciumada escondia a tristeza de tudo, todos chorava sozinha…tornou-se insuportável, ficou… sombra do que era
Ela queria aquele homem, afinal foi ele que a despertou que a fez sentir mulher, a mulher que havia nela.
Foi difícil tomar a decisão.
Mas tinha de ser tomada….
Ele não é feliz, ela tão pouco , vegetam como tantos casais que não tem coragem de ser eles mesmos. Não há cumplicidade, carinho, em suma amor…mas estão juntos não por eles mas para mostrar ao mundo que são um casal. Vive-se muito de aparência…
Muitos desprezam o mundo dos afetos …. que viver assim, não é viver é passar pela vida, somar dias atras de dias, sem se completarem sem terem aquilo porque viemos ao mundo, amare e ser amados.
A vida dá-nos um manancial de oportunidades, que vão surgindo a cada par e passo, há que estar atentos saber olhar e ver, sem medos, somos aquilo que somos quem nos ama, ama-nos como somos com o bom e o menos bom, não podemos fingir ser o que não somos.
Amar não è só dizer… é muito mais que isso, é provar todos os dias… nas pequenas coisas , num beijo inesperado, num abraço sem contar, num instante que ligamos só para ouvir a voz amada, e dizer amo-te.
O amor é uma flor linda, bela perfumada, que exige cuidados, no jardim de quem se ama, ela necessita ser regada, a sensibilidade que nos dá o amor…adubada de carinho, podada de ternura , regada de cumplicidade com a sabedoria que nos dá… o próprio amor
O dormir de conchinha o desejo de sentir o corpo do outro pele com pele, sentir o calor ameno que o outro nos dá…o sabor da boca nos beijos mais loucos…onde sentimos tudo que só quem ama pode sentir…é maravilhoso o seu beijo a húmido um só tempo arrebatador e terno…como? Quando? Ela não sabe, ele tão pouco…
Tudo queria, ela já voltou algumas vezes aquela praia…mas…nunca mais teve o mesmo encantoO Mar e nósLR

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial