segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Noite de Natal....


Já foi noite de sonho, tão bom que era.
Ver na cozinha da avó, lá no lume da lareira, avó fazia filhós....com os netos ao redor...
todos sentados num banco comprido, que por lá havia...ia contando as historias dos Natais lá do seu tempo...eram historias de encantar, eram 5 os netos da minha avó, todos ali ao redor .
As filhas da minha avó, andavam em grande azafama, tudo tinha de estar pronto antes da missa do galo, pois os avôs não prescindiam dela de jeito nenhum., era uma tradição havia que se cumprir.
Eram muitos aquela mesa,
No caminho para casa, os visinhos comprimentavam-se, desejando feliz natal, as crianças cantavam canções de Natal, daquela epoca
Alguns reuniam-se a volta da mesa dos avôs, pessoas mais sozinhas, o avô iam buscar para junto de nós.
Tão singelo e tão belo, no tempo dos meus avôs.
Para entrar em casa todos se descalçavam em sinal de respeito, tinham beijado o menino na igreja,  ele estaria mais presente nessa  noite. A noite da Consoada.
O Avô ia para a mesa, a Avó seu lado, lá iam dando ordens aos filhos, para servir as crianças, não sem antes fazer o sinal da cruz, agradecer os alimentos que iamos comer, só depois podiam sentar-se a mesa.
Sempre ou em quase silencio, brincar seria depois, a mesa para o avó era quase local de culto.
A seguir , iamos todos colocar o sapatinho na chaminé, pois o menino Jesus, talvez tivesse alguma coisa para nos oferecer, quase sempre uma boneca, feita por nossas mães, e que lindas que elas eram.
alguns rebuçados, e ficavamos felizes, os meninos era um carrinho, um pião ou coisa similar, claro com os tais rebuçados.
Coisas simples, que nos encantavam.
No dia de Natal pela manhã era ver-nos todos aos saltos , felizes pelas prendas recebidas, aquilo era algo precioso para nós, passavamos o dia com os nossos tesouros.
As pessoas eram felizes com muito pouco, não havia a sede de consumo,o Natal era a festa da
família.
A ceia da consoada, era o velho bacalhau cozido com as batatas couve portuguesa, cenoura e ovos,
a galinha corada, cabrito,assado no forno de lenha, onde se havia cozido o pão, não havia outro igual  ao pão da avó, e claro os doces da epoca,e da zona.
Rabanadas, filhoses, coscorões, sonhos arroz doce, ferraduras que diziam davam sorte, eram também os bolos dos noivos dessa epoca, claro o leite creme.
Era tão doce o Natal da minha infancia.
Não havia riqueza além do amor que nos unia, que pena que hoje importe mais , os presentes que o presente maior, o do carinho, amor sincero a família.
Obrigado meus Deus menino, por me teres dado tanta coisa boa, na minha infancia, da-me o saber para poder transmitir aqueles que eu amo tudo que aprendi com meus pais, e avós e todos os outros famíliares, Obrigada manas, duas sabem quem são, obrigada filhos pelo vosso amor, obrigada vida por poder sentir tudo isto no meu coração...LR


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