segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Faz hoje exactamente 27 anos que te vi pela ultima vez.

Que ouvi a tua voz, ali na minha frente, recebi o ultimo abraço, o ultimo beijo, a vida pregou-me uma partida e tanto.
De vez em quando, contavas a historia do teu ajudante, historia que vindo de quem veio me deu verdadeiro ensinamentos, dizia ele (A vida é uma gaita, feliz daquele que a sabe tocar), acredita tal como outrora nunca aprendi a tocar, sempre deixei o coração ser meu guia, sempre...
27 anos, de saudade, busca, falta de tudo que recebia de ti, claro que não falo de sexo
Falo de cumplicidade, ternura, compreensão. Tudo isso acabou no dia que partiste.
Hoje sei que tu partiste, um dia haverá o reencontro, fiz teu luto, a vida seguiu em frente, com mais ou menos turbulência, os dias foram dando lugar a meses, anos.
Hoje sinto-me uma viva morta, viva como mãe, morta como mulher, esqueci que eu existia, esqueci que a vida ia continuar e nunca pensei, no que me dizias estar só e estar meio morto, hoje 27 anos depois tudo isso me vem a memoria, tudo isso me faz pensar.
Enquanto trabalhei estava ocupada não tinha tempo para sentir, a solidão, a falta de um olhar, cúmplice, um abraço um companheiro, agora é tarde, muito tarde, chego a conclusão que há muitos vivos mortos por ai, e dói tanto...LR.

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